sábado

Amemos...Cecília Meireles

A correria, a falta de tempo e a ansiedade que caracterizam o que consideramos “vida moderna” deixa-nos como se desconectado sobretudo de nós mesmos e, até certo ponto do próprio contexto social e familiar, como uma consequência natural. O olhar para dentro, como o olhar em torno, efetivamente, pode ser o principio do caminho para uma vida mais “significativa”. Este texto da Cecília Meireles leva a uma reflexão sobre isso, que vale á pena conferir.

“Amemos o que sentimos de nós mesmos, nessas variadas coisas, já que, por egoístas que somos, não sabemos amar senão aquilo em que nos encontramos. 

Amemos o antigo encantamento dos nossos olhos infantis, quando começavam a descobrir o mundo: as nervuras das madeiras, com seus caminhos de bosques e ondas e horizontes; o desenho dos azulejos; o esmalte das louças; os tranquilos, metódicos telhados...


Amemos o rumor da água que corre, os sons das máquinas, a inquietta voz dos animais, que desejaríamos traduzir. Tudo palpita em redor de nós, e é como um dever de amor aplicarmos o ouvido, a vista, o coração a essa infinidade de formas naturais ou artificiais que encerram seu segredo, suas memórias, suas silenciosas experiências”.


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