O Brasil é um dos poucos países, senão o único, que vem resolvendo o seu problema de terras de forma burocrática, perpetuando uma estrutura fundiária que remonta em grande parte ao período colonial.
A distribuição de terras que vem sendo feita, principalmente em terras públicas, vem saindo a fórceps, graças às pressões de movimentos organizados como o MST, resistindo ao grande capital e ao agronegócio.
A luta é legítima e necessária embora seja “satanizada” pelos meios de comunicação tradicionais, que todos sabemos a que interesses servem.
Entretanto, defender uma reforma agrária sobre as terras de empreendimentos agropecuários produtivos como soja, cana(álcool), capim (carne), com um peso considerável na balança comercial brasileira hoje, é uma insensatez pela impossibilidade de se promover uma mudança tão radical assim.
Daí a condenar o álcool como vilão desse processo, é no mínimo uma simplificação grosseira.
Inicialmente o Proalcool visava, como agora com o Biodíesel, a apoiar o pequeno proprietário de terras, que ao lado das culturas tradicionais, produziriam também a cana que venderiam para as usinas.
Mas os tempos eram outros e o projeto inicial foi desvirtuado, o que se espera que não aconteça com o Biodíesel.
Este objetivo – ao contrario do álcool ou etanol – vem sendo alcançado, com o incentivo à produção de mamona, uma das matérias primas do biodisel, principalmente no Nordeste do país, favorecendo ao pequeno e médio produtor.
A Petrobrás entrou pra valer, na produção do biodíesel, e vem garantindo este caráter distribuidor de renda do projeto.
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