terça-feira

Transgênicos e soberania

As sementes transgênicas criadas e ou desenvolvidas pela empresa norte-americana Monsanto, como soja, milho e outros, além das polêmicas conhecidas sobre as conveniências ou não do seu uso para a saúde e para o meio ambiente, ainda trazem outras questões que não são consideradas.

Com a venda das sementes modificadas, a empresa, além do preço cobrado pelas sementes, recebe também “royalties”, que é um percentual sobre a produção final do agricultor ou da empresa agrícola.

Esses “royalties”, na realidade, significam na prática, a relativização da propriedade da terra/trabalho, com a cessão de parte dela à multinacional.

Ao utilizar a semente transgênica da empresa Monsanto, o produtor e o país param de reproduzir a sua própria semente, entrando em uma camisa de força de difícil saída.

Se comprar e usar a semente, já trás tão grandes controvérsias, o uso do “royaltie” compromete, não só a propriedade, mas a própria soberania nacional.

O Brasil hoje, já é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, e esta loteando as tomadas de decisões sobre as políticas na área, remetendo-as as matrizes das empresas, submetidas a outros interesses, leis e governos de seus respectivos países de origem.

Precisamos ficar de olho no debate e no voto, pois o seu deputado pode ter sido eleito por você, mas rezar conforme a cartilha dos inúmeros “lobby” que infestam o Congresso como uma praga, relativizando o poder do seu voto e da democracia representativa, que temos como direito, mas tem que existir de fato.


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