Desde que a Religião e o Estado se separaram com o final do Império, e passamos a não mais ter uma religião oficial, uma mobilidade contínua ocorreu ao longo de praticamente todo o século XX.
A Igreja Católica teve, gradual, mas constante evasão de fiéis para outras religiões, num processo que se intensificou no final do século, com o surgimento e ou crescimento das religiões evangélicas neo-pentecostais .
Segundo pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, pela primeira vez em mais de 100 anos, o processo de redução de católicos se estancou.
O número de católicos se estabilizou em 74% da população. Os protestantes e evangélicos formam o segundo grupo com 16%, completando os 90% de cristãos, enquanto 7,5% de declaram sem religião e os 3% restantes, é formado por espíritas, budistas, religiões afro, islâmicos etc.
Vê-se que apesar de toda a apologia do materialismo, tão caro à mentalidade científica tradicional, a religião e a religiosidade, não parecem se importar muito com isso.
Tudo indica que um certo equilíbrio e estabilidade emocionais, parecem estar ligados a uma pratica religiosa efetiva, e convenhamos que nestes tempos “bicudos”, nada mais oportuno.
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